2.
Ven e vai o ar desta tarde. Como se seu leque
continuasse a mascarar minhas tristezas. Venho a duvidar.
Nao sei a direcçao deste caminho.
Abril é solidao, é assim que a vida me ensinou a viver-lo.
Mas é outubro. O qué faço çá, apenas consolado pelo seu aroma
em agridoce estar, em ida e volta,
sem saber se hei de me quedar queto
como un morto que espera o seu sorriso
o andar fazia o encontro do absurdo.
Talvez haya na vida algum momento
em que o andar se volte retroceso
é a minha vez de sentir agora
esta perplexidade do sol que anda nos olhos
de un otem de mesmo agora e tao longiquo.
O cheiro dessa luz. Deve de ser isso.
Porque as luzes tem os seus cheiros
como a obscuridade tem o seu tato.
Igual que a distancia tem encontros.
Nesta tarde, circulo de si mesma,
vem o ar e vai embora,
tenro golo de luz que cheira a vidas de outras vidas
e se sufoca no meio da lembrança.
É a minha culpa, eu sei,
tanta angustia de ser, desasosego deste
andar sempre a bisbilhotar* entre presenças
que foram outros sonhos, outras tardes
com esta mesma dor que agora eu sinto.
* vasculhar
(Versión de Mario Ilde Velasco de Abreu Alves)
Me gusta. Es bello.....
ResponderEliminarUn saludo
Hola Jaime de nuevo!!.Qué tal?.Hay que ver cómo un poema versionado al portugués,adquiere un segundo sentido y transcendencia.Es como pasar de ver en 2 dimensiones,a ver en 3 con las gafas de la melancolía y musicalidad del portugués.Pero claro,se necesita buena materia prima..jejej.
ResponderEliminarUn abrazo amigo Jaime.